Isto parece daquelas brincadeiras de apanhados, mas na realidade demonstra o mundo em que vivemos: rodeados de ignorância.
2.12.07
30.11.07
::::Reflexões::::
Desde os primeiros tempos da história da humanidade que o homem sente uma vontade maior de satisfazer as suas necessidades estéticas, seja para invocar protecção divina ou simplesmente para saciar o desejo de contemplação artística. É uma carência intrínseca à própria natureza dos seres humanos. O Homem produziu e sempre produzirá artefactos artísticos e obras de arte – entendendo-se estas últimas como quaisquer objectos executados pelo homem que revelem os seus anseios, as suas preocupações, a sua individualidade e, inevitavelmente, o seu tempo. Porém, raras vezes assistimos a criações intemporais que apesar de reflectirem o tempo em que foram executadas ultrapassam as barreiras desse mesmo tempo.
O Homem domina e produz o gosto das sociedades em que vive. Até ao século XX os acontecimentos e a produção artística de uma determinada região poderiam levar anos ou mesmo séculos a chegar a outros países e continentes. No século XXI esta limitação não existe. A Internet, enquanto rede global, é uma importante ferramenta de trabalho que possibilita o conhecimento imediato de acontecimentos a nível universal e é o meio de difusão privilegiado para a divulgação do conhecimento em geral. Os Homens estão cada vez mais próximos dos seus semelhantes.
Os fenómenos artísticos encontram no espaço virtual um veículo privilegiado para a sua disseminação. Actualmente as obras de arte e os acontecimentos realizados num determinado ponto do globo são susceptíveis de influenciar outras obras e/ou acontecimentos numa outra geografia distante. Descobrir a obra de um artista cerca de 250 anos depois da sua morte, como aconteceu com a obra de Caravaggio, dificilmente voltará a acontecer. Nunca mais um artista de primeiríssima água ficará na sombra durante tanto tempo.
Os fenómenos artísticos sofreram paulatinamente ao longo dos séculos várias transformações. A arte hoje pode abranger formatos, técnicas e meios de produção substancialmente mais abrangentes e nunca antes imaginados. Também o intemporal trinómio: artista - obra de arte – mecenas – se viu adaptado a uma nova realidade até porque há cada vez mais arte a ser financiada e muitos mais artistas a produzir.
Conhecer a obra de arte é hoje um dos objectivos da história da arte e está directamente ligado à sua principal missão – conhecer o próprio Homem. Falamos de um conhecimento que pressupõe, necessariamente, uma interdisciplinaridade e uma multicomplementaridade entre saberes. Não é possível ao historiador da arte apreender isoladamente o fenómeno artístico, até porque cada obra reveste-se de uma multiplicidade de especificidades que fogem ao campo do saber de um só indivíduo. O estudo de um fenómeno artístico obriga a um conjunto de conhecimentos que dificilmente se congrega numa só pessoa ou numa só disciplina. Torna-se, portanto, necessário a troca de conhecimentos para que se consiga apreender a dualidade da obra de arte - a obra de arte enquanto objecto e a obra de arte enquanto objecto de fruição estética. Ou seja a obra de arte enquanto objecto material e a obra de arte enquanto objecto imaterial.
O estudo do fenómeno artístico progride segundo etapas previamente estabelecidas. Se por um lado a parte material é muitas vezes fácil de apreender, seja por se tratar de uma pintura ou uma escultura, o significado da obra em si pode ser de difícil acesso. Referimo-nos à parte imaterial, ao significado último do fenómeno. Um tema religioso pintado numa tela ou uma escultura de um santo nem sempre pretende levar ao observador apenas uma imagem. Muitas vezes é necessário descodificar os sinais que o artista deliberadamente não deixou acessível a todos os observadores e na maioria dos casos é mesmo necessário descobrir o próprio artista. Neste sentido colocam-se desafios extremamente interessantes que incitam a procura de respostas a perguntas como: quem fez? para colocar onde? porquê? quem mandou fazer? A busca da individualidade do artista, o contexto, o espaço e o tempo em que as obras foram executadas são igualmente desafios interessantes que obrigam a um estudo aturado por parte do historiador da arte.
O conhecimento da obra em profundidade é fundamental pois só dessa forma é possível protege-la, divulgá-la, conservá-la e legislar sobre ela. É um conhecimento vital para o presente e para o futuro do fenómeno artístico e, sobretudo, para o conhecimento do próprio Homem – a missão por excelência da história da arte.
30.10.07













Tudo Começou com a pintura. Tocou nos Tina and the Top Ten. Passou pelos ateliers de alguns artistas consagrados, como Pedro Cabrita Reis. Deu uma volta pelos países baixos. Foi um dos cérebros criativos da expo 98, enfim. Um dia prometo que falarei aqui deste tipo de uma forma mais completa.
É um dos melhores artistas portugueses e os seus trabalhos resultam em autênticas obras de arte.
28.10.07
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